Centro Social e Cultura de Barroselas

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[pane title=”INTRODUÇÃO” start=open]

Barroselas cresceu muito após o 25 de Abril de 1974, na sequência  de opções acertadas feitas pelos seus autarcas e da colaboração e dinamismo de algumas personalidades.

Assim, para além da tomada da posse dos edifícios da “Sopa dos Pobres” e dos “Amigos de Barroselas”, por parte da Junta de Freguesia, verificou-se a instalação do Banco Nacional Ultramarino e da GNR e, mais tarde, de outros Bancos; várias obras importantes foram executadas e aquisições efetuadas, nomeadamente e sem atender à ordem cronológica:

  1. Captação de água no lugar de Boticas, com o consequente abastecimento público da Freguesia e freguesias vizinhas;
  2. Construção de alguns troços de saneamento básico nos lugares do Souto, Estação, Lagarteira, Outeiro e Rua Nova e, mais recentemente, no Sião, Feira, Fiopos e outros;
  3. Aquisição dos terrenos e construção da Escola C+S e do Centro de Saúde;
  4. Construção dos viadutos da Igreja, Feira, Teixe e  Outeiro;
  5. Urbanização e embelezamento dos Largos de S. Sebastião,  Igreja e  Feira e, ainda, da zona envolvente do Convento dos Missionários Passionistas e do Cemitério;
  6. Alargamento e pavimentação da maior parte dos caminhos/ruas;
  7. Construção do edifício dos Correios;
  8. Aquisição do terreno e construção do Complexo Desportivo, dotado de balneários, piscina, campo de jogos principal, equipado com relvado sintético, e um segundo campo de futebol para treinos, também já equipado com relvado sintético;
  9. Construção da “Casa de S. Pedro”, do Centro Paroquial e Social de Barroselas, com lar residencial, centro de dia e apoio domiciliário;
  10. Permuta de terreno entre a Fábrica da Igreja de Barroselas e a Câmara Municipal de Viana do Castelo, que possibilitou a construção da nova Escola do Ensino Básico;
  11. Abertura de novos arruamentos, nomeadamente  Largo da Feira/Convento dos Missionários Passionistas,  Largo da Feira/rotunda junto ao cemitério/Lugar do Sião, Igreja/Lugar do Souto, entre outros;
  12. Instalação da Secção dos Bombeiros Voluntários, infelizmente já desativada;
  13. Ampliação da Casa do Povo;
  14. Reconversão do edifício dos “Amigos de Barroselas” em Sede da Junta de Freguesia.
  15. Fundação do “Jardim Infantil” e do Centro Social e Cultural de Barroselas, com a resposta social jardim de infância;
  16. Aquisição do terreno e construção do edifício do Centro Social e Cultural de Barroselas, com  a oferta das respostas sociais creche, jardim de infância e ATL;
  17. Aquisição do terreno e a construção recente do edifício da GNR em Barroselas.

Uma grande parte destes melhoramentos ajudou a concretizar uma velha aspiração da Freguesia, a sua elevação a Vila, em 18.12.1987, o que lhe permitiu ser mais conhecida e apetecível, desencadeando um enorme surto de construção e a consequente instalação de muitas famílias jovens. Não se tratou de um título meramente honorífico, a elevação a Vila, mas de um título e de um estatuto adquiridos por mérito próprio.

A instalação da água ao domicílio e do saneamento básico foram fatores determinantes no crescimento da população de  Barroselas, visto que permitiram a construção de vários blocos de apartamentos,  com a consequente instalação de muitas famílias jovens, de vários serviços e estabelecimentos comerciais.

Também a indústria, nomeadamente a indústria de confeções, que atingiu o auge na década de 80,do século passado, hoje em declínio, contribuiu para o desenvolvimento populacional de Barroselas e para o seu bem-estar material.

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[pane title=”ANTECEDENTES”]

A tomada da posse do edifício da “Sopa dos Pobres”, por parte da Junta de Freguesia de Barroselas, verificou-se no dia 21 de Abril de 1977, no cumprimento do Despacho emanado da Direção-Geral da Assistência Social, de 22 de Novembro de 1976. Na reunião efetuada, para o efeito, nas instalações da Casa do Povo, estiveram presentes, para além dos elementos da Junta de Freguesia, o Revº. Pe. Marcelino Marques Trindade e Armando da Silva Morais Ramos, membros da Direção da “Sopa dos Pobres”. O edifício passou para a posse da Junta de Freguesia e o saldo existente em caixa, no valor de 45.747$90 (quarenta e cinco mil setecentos e quarenta e sete escudos e noventa centavos) foi doado à Conferência Vicentina de Barroselas.

Pela leitura das atas dessa época verifica-se que, inicialmente, não havia a ideia de quem seria o ocupante futuro das instalações adquiridas, aparecendo apenas uma menção a que as mesmas se poderiam destinar à Sede da Junta de Freguesia.

No dia 05.06.1977, o Presidente da Junta,  António Ribeiro de Oliveira Amaral, no decorrer da reunião pública, nas instalações da Casa do Povo, informou os Barroselenses, aí presentes, que o “edifício da “Sopa dos Pobres” sofrerá obras de adaptação para Jardim Escola”.

Aqui já se nota uma tomada de decisão, possivelmente fruto de vários contactos entretanto efetuados, que a ata da reunião pública de  09.10.1977 confirma, com o seguinte texto  das informações fornecidas pelo Presidente da Junta, declarando que “a inscrição de crianças para frequentar será gratuito, mas apelando para que os pais contribuíssem com uma importância, compatível com as suas possibilidades”.

Na reunião pública ordinária,  realizada na Casa do Povo de Barroselas, no dia 06 de Novembro de 1977, pelas 10,30 horas, a Junta de Freguesia, com a presença do  presidente,  António Ribeiro de Oliveira Amaral, do secretário,  David Miranda Pereira, e do escrivão,  Manuel Miranda da Costa Pereira, com a ausência do tesoureiro, José Rodrigues Palma, deu o último passo importante na criação do “Jardim Infantil”, tendo parte da  ata o seguinte teor:

“Aberta a sessão o senhor presidente depois de ter informado que aquela reunião teria a presença dos pais dos alunos da pré-primária e dos professores, da mesma escola, para tratar de assuntos com ela relacionados, informou sobre problemas decorrentes da administração da Junta e suas obras, passando seguidamente a falar das necessidades de pôr em funcionamento uma comissão de gestão daquela escola e de uma comissão de apoio à mesma, para angariação de fundos para a aquisição de uma carrinha para transporte das crianças, moções que foram aprovadas, sendo nomeados, para o conselho de gestão, Baltazar Maciel Barbosa, Esaú Silva da Rocha e Ângelo Miranda dos Santos Barbosa; para a comissão de apoio os mesmos e ainda Joaquim Miranda Fernandes do Rego e António da Silva Gonçalves”.

Estava fundado o “Jardim Infantil”, nomeado o seu conselho de gestão, que se manteve em funções até ao termo do mandato, do referido executivo da Junta, e nomeada a comissão de angariação de fundos, através de subscrição pública da população da freguesia,  para a aquisição de uma carrinha  marca “Ford Taunus” , usada, que era propriedade de José Rodrigues Palma, com lotação de nove lugares,  pelo preço de 200.000$00 (duzentos mil escudos).

Passou a funcionar nas instalações que pertenceram à “Sopa dos Pobres de Barroselas” que, como já atrás referimos, tinham sido transferidas  para a posse da Junta de Freguesia.

Entretanto, a comissão de apoio acabou por ter mais algumas pessoas a angariar fundos, fundindo-se com a “comissão de pais”.

Ao mesmo tempo, houve membros dessa “comissão de pais” que se ofereceram para, gratuitamente, conduzir a carrinha (Baltazar Maciel Barbosa) e  acompanhar as crianças no percurso da mesma (Maria Dolores Meira P. Rocha),  bem como efetuar a contabilidade e a respetiva gestão (Esaú Rocha), o que aconteceu durante mais de uma ano, quase dois anos.

Em 1980 houve eleições autárquicas e o executivo da Junta de Freguesia foi totalmente substituído. A lista vencedora tinha, em lugar elegível, um membro do “conselho de gestão” , cumulativamente também membro da “comissão de pais”, tendo o mesmo sido nela incluído para ser eleito e ocupar o cargo de Secretário da Junta de Freguesia, com a intenção de, entre outras tarefas,  dar continuidade ao trabalho até aí realizado no “Jardim Infantil”. A partir da tomada de posse do novo executivo, constituído por Domingos Rodrigues Palma, presidente, Esaú Silva da Rocha, secretário, e Isaac Damasceno Oliveira Rego, tesoureiro, o “Jardim Infantil” passou a ser gerido diretamente pela Junta de Freguesia.

Atendendo a que a carrinha “Ford Taunus” se encontrava em mau estado, com avarias muito frequentes, houve necessidade da aquisição de uma carrinha nova, de nove  lugares, marca “Austin Sherpa”, com verbas angariadas com o funcionamento do Jardim Infantil,  tendo-se procedido à venda da “Ford Taunus”.

No dia 07 de Dezembro de 1980, a Junta realizou uma “reunião extraordinária para deliberar qual o membro que deverá tratar da compra de uma carrinha para o Jardim Infantil e de toda a documentação respeitante à mesma compra. Depois de algumas trocas de impressões entre todos os membros, a Junta decidiu dar todos os poderes ao presidente, Domingos Rodrigues Palma, para comprar uma carrinha, marca Austin Sherpa, de 9 lugares, podendo assinar todos os documentos necessários para a respetiva regularização”.

Na ata do dia 28 de Dezembro de 1980 consta a autorização de pagamento, à Firma A.M. Almeida, Lª., da importância de 650.000$00 (seiscentos e cinquenta mil escudos), o custo da carrinha.

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[pane title=”GÉNESE”]

No segundo semestre de 1980, a Segurança Social começou a levantar reservas em subsidiar os jardins de infância das autarquias, aconselhando a transferi-los para associações já existentes ou a fundar. Perante o mais que provável corte do subsídio existente, para o funcionamento do “Jardim Infantil”, a Junta de Freguesia não teve alternativa e o seu Secretário, com a colaboração dos outros dois elementos da mesma, começou a tratar de todos os passos necessários para a fundação de uma instituição que, para além de receber a transferência do “Jardim Infantil”, pudesse contemplar, nos seus estatutos, a existência de creche, ATL, apoio à terceira idade e atividades culturais.

O Centro Social e Cultural de Barroselas foi fundado por 22 barroselenses, por escritura pública de 17 de Fevereiro de 1981. Os sócios fundadores foram os membros da Junta e da Assembleia de Freguesia, de todas as forças políticas aí representadas, e pessoas convidadas, entre as quais algumas que pertenceram à “comissão de pais”, necessárias para o preenchimento do número mínimo legal exigido.  Indicam-se os seus nomes, alguns entretanto já falecidos (nove), pela ordem constante da escritura da fundação:

  • Esaú Silva da Rocha
  • Domingos Rodrigues Palma
  • António de Jesus Vieira
  • Daniel Marques Barreto
  • António Alberto da Cruz Caixeiro
  • Jaime da Silva Portela
  • Baltazar Maciel Barbosa
  • Artur Pereira Moreira
  • António Ribeiro de Oliveira Amaral
  • Joaquim Miranda Fernandes do Rego
  • Pe. José de Jesus Soares Ribeiro
  • Isaac Damasceno Oliveira Rego
  • Manuel Miranda da Costa Pereira
  • Justino Manuel Martins Fernandes
  • Rogério Henrique Barbosa Felgueiras
  • Manuel Barbosa Pereira
  • José Rodrigues Fernandes Portela
  • Maria Celeste Silva Gandra Portela
  • Maria Isabel Meira Peixoto
  • João Oliveira Viana
  • Lourenço Lima Queirós
  • Maria Dolores Meira Peixoto da Rocha

Esta fundação,  efetuada para resolver o problema surgido com o “Jardim Infantil” existente da autarquia, como já atrás está referido, permitiu, mais tarde, a construção de novas instalações que possibilitaram a abertura das respostas sociais Creche e ATL. Os estatutos visam, como objetivo principal, o apoio à infância, à terceira idade e à cultura.

A partir do dia da escritura,  a Junta de Freguesia de Barroselas cedeu o seu “Jardim Infantil”, com todo o seu ativo e passivo, incluindo o pessoal, ao Centro Social e Cultural de Barroselas.

O facto de a Instituição não ter ainda concretizado o apoio à terceira idade, com a criação de um centro de dia e de um lar residencial, deveu-se a que o falecido Pe. José Ribeiro tinha um projeto, para tal efeito, e estava melhor posicionado, porque já possuía o terreno, quando a oportunidade surgiu. Não havia, nem há, qualquer interesse em fazer entrar em concorrência instituições de apoio social, sem fins lucrativos. Barroselas só terá a lucrar com associações de solidariedade social bem geridas, atuando em áreas distintas complementares e onde os seus utentes gozem de boas instalações, sejam bem tratados,  se sintam bem e obtenham  comparticipações reduzidas.

No que diz respeito à atividade cultural, embora alguma tenha sido desenvolvida,  esperava-se que algumas associações existentes, nessa época, sem personalidade jurídica, pudessem acolher-se à sua sombra, o que não aconteceu. Essas associações procuraram  a sua independência, legalizando-se, o que é de louvar. Está aberto, no entanto, o caminho para o desenvolvimento  de atividades culturais.

O Centro Social e Cultural de Barroselas funcionou, inicialmente, no edifício da “Sopa dos Pobres”  e mais tarde também  no 1º. andar do edifício dos “Amigos de Barroselas”,  mais concretamente no espaço ocupado atualmente pelo salão nobre da Junta de Freguesia.

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[pane title=”EVOLUÇÃO E DESENVOLVIMENTO”]

  1. Aquisições e atividades

O desenvolvimento verificado na Freguesia teve como consequência o aumento de procura das instalações do Centro Social e Cultural de Barroselas, o que obrigou as suas direções a várias diligências para encontrar soluções.

Assim, nos primeiros tempos, a Instituição teve de ocupar o 1º. andar do edifício dos “ Amigos de Barroselas”, para permitir o funcionamento de duas salas, com capacidade para 50 crianças, ficando instalados no outro edifício (Sopa dos Pobres) a cozinha, o refeitório e o dormitório.

Logo de seguida, levou a efeito várias diligências e atos, nomeadamente:

  1. Uma subscrição pública para a aquisição de um lote de terreno, com a área de 3.117 m2, pelo preço de 4.500.000$00 (quatro milhões e quinhentos mil escudos), concretizada,  através da  escritura pública, lavrada no 2º. Cartório  Notarial de Viana do Castelo, no dia 09 de Junho de 1988, no mandato da Direção presidida pelo  Eng.º Jaime Portela.
  2. Aquisição de uma carrinha marca Toyota Hiace, em Julho de 1990, pelo preço de 2.530.000$00 (dois milhões quinhentos e trinta mil escudos). Para o respetivo pagamento teve a ajuda de um subsídio de 1.000.000$00 (um milhão de escudos), da Fundação Calouste Gulbenkian, conforme sua comunicação de 24.07.1990 e também um subsídio da Secretaria de Estado da Segurança Social, no valor de 1.500.000$00 (um milhão e quinhentos mil escudos), de acordo com o seu despacho de 28 de Agosto de 1990.
  3. Aquisição de um autocarro marca TOYOTA, faturado em 31 de Janeiro de 1992, no valor de 8.775.000$00 (oito milhões setecentos e setenta e cinco mil escudos). Para ajudar a pagar o referido custo teve uma comparticipação de 4.500.000$00 (quatro milhões e quinhentos mil escudos) do Ministério do Emprego e da Segurança Social, pelo seu despacho nr. 695/91, de 24 de Outubro de 1991.
  4. Construção do edifício sede, orçado em 75.000.000$00 (setenta e cinco milhões de escudos), financiado parcialmente pelo PIDDAC, com capacidade para 25 crianças na resposta social creche, 75 crianças na resposta social jardim de infância e 50 crianças na resposta social ATL, com a respetiva inauguração em 21.11.1992, no mandato da Direção presidida pelo Eng.º Victor Lemos, tendo a carrinha e o autocarro também sido adquiridos neste mandato.
  5. Nesse mesmo ano e na sequência da construção do edifício sede, foi colocada em atividade a resposta social creche, com a frequência de 25 crianças e a resposta social Jardim de Infância ficou com três salas em funcionamento,  a rondar as 75 crianças;
  6. Em 1993, com nova Direção, presidida por Esaú Rocha, entrou  em atividade a resposta social ATL e em 29.01.1995 foi  inaugurado o Auditório, que  teve uma comparticipação de 8.000.000$00 (oito milhões de escudos) do Fundo de Socorro Social.

Entretanto, com estas instalações, perante a pressão verificada na admissão de crianças, em todas as respostas sociais, mas sobretudo na creche e no jardim de infância, conseguiu acordos com a Segurança Social para 30 e mais tarde para 35 crianças na creche, 75 no jardim de infância e 75 no ATL. Para o ATL ficar com a capacidade de 75 crianças foi preciso proceder a algumas obras de alargamento de uma sala.

A procura continuou a crescer e houve necessidade de proceder a obras de ampliação das instalações, através do projeto “Ampliação da Creche e ATL de Barroselas”, tendo sido construído um novo edifício, anexo ao então existente, inaugurado em 14.01.2005, passando assim a capacidade total para 66 crianças em creche (duas creches, com capacidade de 33 utentes em cada), 100 em jardim de infância e 100 em ATL. Foram celebrados os respetivos “Acordos de Cooperação”, com a Segurança Social, para 66 utentes nas creches, 100 utentes no jardim de infância e 99 utentes no ATL. A capacidade do auditório também aumentou com esta obra, que teve uma reduzida comparticipação do PIDDAC (€ 124.499,83). Muitas foram as dificuldades sentidas para a acabar, tendo as obras sofrido o atraso de um ano, por falta de cumprimento dos compromissos assumidos pelos responsáveis políticos do País, que pagaram em quatro anos a comparticipação que tinha ficado acordado pagar em apenas um. Para atenuar um pouco a situação criada e a reduzida comparticipação atribuída, foi concedido pelo Estado, em 2005, um subsídio de € 70.000,00 (setenta mil euros), do Fundo de Socorro Social. As verbas próprias da Instituição, utilizadas nesta obra, rondaram os € 300.000,00 (trezentos mil euros), a qual teve um custo total de cerca de € 500.000,00 (quinhentos mil euros).

Continuou, no entanto, a notar-se uma enorme procura e a capacidade existente já não suportava as inscrições verificadas, sobretudo na resposta social creche. A pressão não foi e não é tão grande, no Jardim de Infância, atendendo a que, com a construção da nova escola do Ensino Básico, foi criado o Jardim de Infância Público, que tem suavizado, um pouco, a procura.

Por despacho de 31.07.2012 foi deferido, pela Segurança Social, um pedido apresentado pela Instituição, para o aumento da capacidade das duas creches, que contemplavam 66 utentes com acordo de cooperação, passando as creches a ter a capacidade de 41 utentes na Creche 2 e 42 na Creche 1, num total de 83 utentes. Foi necessário, para tal, proceder a algumas obras de ajustamento na Creche 1, de forma a permitir aumentar a sua capacidade.

Em Agosto de 2013 foi adquirido um terreno,  com a área de 1800 m2, contíguo ao edifício sede, com fundos próprios da Instituição, pelo valor de € 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil euros), para criar mais espaço para as crianças poderem brincar e permitir uma futura ampliação das instalações.

A partir de 1993 todas as obras e aquisições, nomeadamente construção do auditório e ampliação do edifício sede, aumento de capacidade das instalações e negociação do aumento de utentes nos “Acordos de Cooperação” com a Segurança Social, aquisição de um autocarro marca MAN, com capacidade para 38 passageiros, aquisição de uma carrinha, marca Renault, com capacidade de 9 lugares, e, ainda, a aquisição do terreno foram levados a efeito por direções presididas por Esaú Rocha.

  1. Utentes

Tem atualmente acordos de cooperação, com a Segurança Social, para a frequência de 66 crianças na resposta social creche ( duas creches com capacidade total para 83), 100 na resposta social jardim de infância e 99 na resposta social ATL (capacidade para 100). As creches, nos últimos meses do ano letivo, costumam ser frequentadas por cerca de 75 a 80 utentes.

  1. Meios Humanos

A Instituição tem, atualmente, ao seu serviço, 34 pessoas, distribuídas por nove educadoras de infância (quatro nas duas creches, quatro no jardim de infância e uma no ATL), um condutor com carta para transportes públicos, uma cozinheira, uma ajudante de cozinha, 4 auxiliares de serviços gerais e dezoito ajudantes de ação educativa.

  1. Meios de Transporte

Dispõe de um autocarro dotado com 38 lugares, com chassi marca MAN, equipado na Firma Irmãos Mota, de Vila Nova de Gaia, sob medida, para caber na garagem. Foi adquirido no mês de agosto de 2005,  pelo preço de € 113.377,01 (cento e treze mil trezentos e setenta e sete euros e um cêntimos) e de uma carrinha de 9 lugares, marca Renault, adquirida no mês de maio de 2008, pelo preço de € 20.501,10 (vinte mil quinhentos e um euros e dez cêntimos). Estas duas viaturas foram adquiridas sem qualquer subsídio, tendo sido apenas utilizados fundos gerados pelo funcionamento da Instituição.

  1. Equipamentos
  1. O edifício novo está todo equipado com ar condicionado  e também com aquecimento central, alimentado a gasóleo. O edifício primitivo (velho) dispõe de ar condicionado na creche, no ATL e em todas as salas do jardim de infância.
  2. Tem ao serviço dois parques infantis, devidamente equipados, e espaço relvado;
  3. As janelas da cozinha e do refeitório possuem redes mosqueteiras;
  4. Vários locais estão dotados de saídas de emergência;
  5. Dispõe de sistema de alarme contra intrusão, ligado a uma central de segurança;
  6. Dispõe também de sistema de vídeovigilância, com 13 câmaras, instaladas no decorrer do ano 2008, que controla as entradas principais e todo o espaço exterior;
  7. O Auditório está equipado com ar condicionado, cadeiras, sistemas áudio e vídeo e ainda um conjunto de oito projetores de tecnologia LED, com várias cores. Tem estado e continuará a estar ao serviço das instituições e de toda a comunidade de Barroselas;
  8. Devido a vários cortes de água, da rede pública, que se verificavam com bastante frequência, o que acarretava imensas dificuldades à Instituição, no ano 2008 ficou dotada com um furo artesiano, que fornece um substancial caudal de água. É aproveitada na irrigação automática dos espaços ajardinados e lavagens exteriores. A água foi analisada e está própria para o consumo humano.
  1. Energias renováveis

a). O projecto de “Ampliação da Creche e ATL de Barroselas”, cujas instalações foram inauguradas em 14.01.2005, como já atrás mencionámos, dotou o edifício com dois painéis solares, para aquecimento da água, ligados a um depósito de 300 litros.

O consumo de água quente na Instituição é bastante grande e cedo se chegou à conclusão que o sistema instalado não satisfazia, totalmente, as suas necessidades.

Atendendo a tal facto, em 2008, foram colocados mais quatro painéis solares, ligados a um cilindro de 500 litros, ficando assim com um total de seis painéis solares, ligados a dois cilindros, com a capacidade conjunta de 800 litros. Para além de fornecerem água quente para a cozinha e para as casas de banho, ainda a fornecem também para as máquinas de lavar roupa e louça, quando dela necessitam, permitindo a poupança de eletricidade. O mesmo se passa com as panelas, para confeção dos alimentos, poupando tempo e consumo de gás. No ano de 2015, com as obras de substituição do telhado, do edifício da fase 1, foi instalado mais um painel solar.

b). Em 2009, mais concretamente no decorrer do mês de julho, foram instalados 26 painéis fotovoltaicos, no telhado do edifício-sede, virados a Sul, no bloco do lado Nascente, destinados à produção de energia elétrica, com a potência de 5 KW, e que deveriam ter entrado em funcionamento em meados do mês  agosto. Problemas burocráticos, encontrados junto da EDP, por falta de legislação compatível  para a energia fotovoltaica, a produzir pelas IPSS, não o permitiram. A ligação apenas foi efetuada no dia 14 de outubro e novos problemas surgiram com a faturação da referida energia. O que parecia simples, tal como foi para os particulares, cuja potência a instalar foi um pouco mais reduzida, 3,68 KW, tornou-se muito complicado. Deu muito trabalho e complicações e foi um forte fator de desmotivação para outras instituições que procuraram aderir a este sistema.

A energia é totalmente injetada na rede elétrica e vendida à EDP.

  1. Fontes de Receita

A Instituição recebe apoios financeiros da Segurança Social, para as três respostas sociais em atividade, e também do Ministério da Educação para a resposta social jardim de infância .

Para além das referidas receitas, recebe ainda a comparticipação dos pais e, por vezes, ajudas de algumas pessoas que oferecem fruta, legumes, brinquedos, etc.

A construção do edifício-sede, fases 1 e 2, e do auditório, teve a comparticipação do PIDDAC e do Fundo de Socorro Social.

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[pane title=”CONCLUSÃO”]

Podemos concluir que esta Instituição tem desempenhado um papel muito importante e continuará a desempenhar,  no desenvolvimento físico e intelectual das crianças de Barroselas e freguesias vizinhas, através do fornecimento de uma alimentação equilibrada e da criação de condições para o seu desenvolvimento psíquico, cultural e social.

Em simultâneo, também podemos constatar que é uma das maiores empresas empregadoras de Barroselas.

As suas Direções, cujos cargos têm sido exercidos sem qualquer remuneração, subsídio ou prémio, totalmente gratuitos, desde a fundação até à presente data, a bem da solidariedade, tudo têm feito pelo seu desenvolvimento e por assegurar os vencimentos dos/as trabalhadores/as e o bem-estar das crianças, independentemente da raça, religião ou condição financeira dos utentes, colocando-a ao serviço de toda a população de Barroselas e até das freguesias vizinhas, algumas de outros concelhos, nomeadamente de Barcelos (Tregosa, Fragoso, Balugães, Durrães), Esposende (Forjães) e Ponte de Lima (Poiares, Vitorino de Piães).

O Centro Social e Cultural de Barroselas está inscrito no Livro das Associações de Solidariedade, sob o n.º 15/81, a fls. 19, desde 05 de maio de 1981,  reconhecido como pessoa coletiva de utilidade pública.

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Barroselas, 08 de dezembro de 2015.

Esaú Rocha